data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Mensagens de carinho foram parar na vitrine
Num momento em que a grande maioria das empresas sofre com a crise na economia, imagine ter ainda de enfrentar outro grande prejuízo, por causa do furto de quase todos os produtos valiosos do estoque, como óculos, relógios e joias? A maioria das pessoas ficaria revoltada com isso. Mas a empresária Tais Beuren, da Silvio Joalheiro, fez diferente.
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Num vídeo de desabafo e agradecimento, que viralizou nas redes sociais, ela agradedeu ao apoio de todos de deixou uma mensagem que emocionou muita gente que nem a conhecia. Em menos de 24 horas, o vídeo teve mais de 17 mil visualizações no Facebook, sendo compartilhado por mais de 700 pessoas e com 400 mensagens de apoio.
Num trecho do vídeo, Tais afirma:
_ Levaram tudo de joalheria. A gente não tem joia para vender mais, não. Mas sabe o que não levaram? A nossa vida, a nossa equipe. Não levaram a nossa cultura, nem a nossa ética. Não levaram o carinho que a gente recebeu dos nossos fornecedores, dos colegas lojistas, colegas do nosso ramo, dos nossos clientes e dos nossos amigos. E muito menos levaram a nossa força, a nossa fé e a nossa determinação de passar por esse período tão difícil, que talvez tenha ficado um pouco mais difícil, mas que a gente vai vencer. Então, amanhã (hoje), como a gente faz há 44 anos, nós vamos estar com as portas abertas, dando o nosso melhor para que vocês continuem enxergando o nosso melhor da vida, através dos óculos de grau, que é o que tem. Queria agradecer todas as manifestações de carinho e mandar um beijo a todos pela minha gratidão a tudo _ conta Tais, visivelmente emocionada.
No vídeo, a empresária relata que, no final de semana, os ladrões tiveram tempo de arrombar paredes e o cofre, levando todas as joias, 50% dos óculos solares da marca Ray Ban e 80% dos relógios das marcas Technos e Orient.
_ Se estiverem oferecendo produtos dessas marcas bem baratinhos, saibam de onde que eles são _ alerta.
Diante da enxurrada de mensagens de apoio, uma colega de Tais teve a ideia de imprimir todas elas e colocar nas paredes de joalheria, para se cercarem de todas as energias positivas. A coluna conversou ontem com Tais, que diz não ter chorado ao ver a loja arrombada, mas que chora de emoção ao receber cada mensagem de apoio.
_ O previsível era que a gente fosse ficar revoltada por tudo o que aconteceu. Mas não é momento e não é para isso. Às vezes, a gente não tem domínio do que a vida faz com a gente, mas tem domínio do que tu faz com que a vida faz. A gente optou por erguer a cabeça, focar na ótica, porque a gente não tem outro produto para vender aqui. Mas isso, com o tempo, a gente se recupera, se reinventa. Agora, o mais importante é que está todo mundo bem e que eu tenho aquele propósito que precisamos passar por toda a pandemia sem nenhuma perda na equipe _ afirmou ela, que luta para manter os empregos dos 33 funcionários das quatro joalherias.